A projeção de vendas do comércio nacional para o Dia dos Namorados é de R$ 2,59 bilhões em 2024. A estimativa foi feita pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo em uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira (5). Se a previsão for confirmada, as vendas terão um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período de 2023, que movimentou R$ 2,54 bilhões.
O Dia dos Namorados é a sexta data comemorativa que mais mobiliza o mercado financeiro no Brasil. De acordo com o estudo, o segmento de vestuário, calçados e acessórios deve liderar as vendas, movimentando R$ 1,083 bilhão, seguido pelo setor de eletroeletrônicos e utilidades domésticas, que pode chegar a R$ 727 milhões. No total, as categorias representam 45,2% das vendas.
Segundo o economista Fabio Bentes, o principal motivo para o otimismo do varejo em relação a essa data é o comportamento da inflação. “Os preços dos produtos devem sofrer uma variação bem menor que no ano passado, então devem subir menos”, explica.
Os custos dos bens e serviços mais consumidos na data terão um aumento médio de 3%. Essa variação é menor em relação ao ano passado, que registrou 8,4%. Os itens e serviços que encareceram de forma notável foram os livros (12,2%), bebidas alcoólicas (10,8%) e hospedagem (8,2%). Já os valores de celulares (-9,6%), flores naturais (-3,6%), pacotes turísticos (-3%) e joias (-2,6%) apresentaram queda.
É esperado que o consumo seja maior em São Paulo, gerando R$ 829,7 milhões. Minas Gerais e Rio de Janeiro vêm logo atrás, com estimativa de R$ 252,2 milhões e R$ 221,2 milhões, respectivamente.
Queda dos juros
Uma explicação para a expectativa de aumento de vendas pode ser a redução do endividamento. Segundo o Banco Central, hoje 30% da renda das famílias são destinadas à quitação de dívidas. Esse é o menor número registrado desde 2021.
A queda dos juros aplicados no crediário impacta no mercado de crédito. A partir disso, a demanda por empréstimos aumentou em meio a um cenário de expansão do mercado de trabalho. A taxa atual de juros para aquisição de bens é de 28,5%, a menor em três anos.
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