Projeções indicam estagnação em relação ao trimestre anterior, mas melhora em comparação ao ano passado.
O desempenho do varejo nos próximos meses foi avaliado pelo Ibevar – Fia Business School, com base em dados do FIBGE e nas manifestações de consumidores nas redes sociais sobre intenções de compra. De acordo com Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da Fia Business School, o consumo das famílias brasileiras deve permanecer estável no início de 2025 em relação ao final de 2024.
“Comparando o primeiro trimestre de 2025 com o quarto de 2024, a projeção é de estagnação, ou seja, crescimento igual a zero. Entretanto, o primeiro trimestre de 2025 será melhor que o mesmo período do ano passado, com um aumento de 3,42%. Para todas as categorias na classificação do FIBGE, estima-se expansão”, afirmou Felisoni de Angelo.
A análise das redes sociais amplia a classificação do varejo para 38 segmentos, permitindo uma visão mais detalhada do setor. Dos 38 segmentos avaliados, 25 registram queda na comparação entre o último trimestre de 2024 e o primeiro de 2025, enquanto 13 apresentam crescimento.
Sobre a inadimplência, Felisoni de Angelo destacou: “Considerando o aumento de atrasos observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média de 5,37% e o limite superior de 5,70% do intervalo estimado, para o mês de janeiro de 2025”.
Vendas do varejo restrito devem registrar crescimento de 4,5% em 2024
As vendas do varejo restrito, que excluem materiais de construção, automóveis e atacarejo, devem registrar crescimento de aproximadamente 4,5% em volume ao longo de 2024, conforme projeção do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).
O aumento é associado à elevação da renda, resiliência no mercado de trabalho, transferências de renda realizadas no ano anterior e maior concessão de crédito, mesmo com juros altos, além da recuperação da confiança do consumidor.
O economista Ulisses Ruiz de Gamboa, do IEGV/ACSP, aponta que, para 2025, a expectativa é de desaceleração no crescimento das vendas. “A elevação dos juros, embora não impacte o consumo das famílias de forma imediata, tende a desacelerar a atividade econômica ao longo do tempo, o que reduz a geração de renda e emprego”, explicou Gamboa.
Fonte: Mercado e Consumo
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